Evil or Very Mad Trama Evil or Very Mad
Dezesseis anos atrás; Mystic Falls, Virgínia. 


Os galhos lançavam sombras assustadoras na terra lamacenta onde o grupo se encontrava. A chuva castigava a clareira e ensopava tudo ao seu redor, mas as velas que circundavam o local ainda estavam acesas e o sal que marcava um pentagrama no chão não era soprado pelo vento que fustigava as redondezas. Uma garota estava amarrada a uma árvore, amordaçada. Seus traços eram os mesmo desde que morrera na Inglaterra fugindo de uma perigosa criatura sobrenatural. Katherine Pierce, uma sobrevivente, havia sido capturada. 




- Não se preocupe Katerina – murmurou a mulher mais próxima a ela. – Quando isso terminar sua existência não será mais vital para nossos planos. 




A garota remexeu-se nas cordas que a prendiam tentando rompê-las. Seu esforço foi em vão. 




- As cordas foram enfeitiçadas – ronronou ela. – Nenhum vampiro conseguirá escapar delas, mesmo os mais fortes. 




O olhar de Katherine percorreu a clareira com uma frieza calculada. O grupo de bruxas era composto por dez pessoas sem contar a sua carcereira. Todas do sexo feminino. Cinco estavam alinhadas junto às pontas do pentagrama e as outras preparavam uma mistura sob a luz do luar que atravessava as densas nuvens de tempestade. 




- Está pronto – disse uma delas. Acenando para que trouxessem Katherine para perto.




As cordas cederam se soltaram imediatamente. Katherine se lançou em meio a floresta, mas uma barreira invisível impediu que ela corresse.




- Ótimo – disse ela, virando-se para o grupo de bruxas. – Vamos brincar de doce ou travessura. 




Ela sentiu suas pernas cederem, dobrando-se para frente. Katherine caiu de joelhos, com a garganta se fechando. 




- Não é uma brincadeira, Katerina Petrova – disse a bruxa que a vigiara a noite toda. – É um pedido do próprio Klaus. 




À menção desse nome algo mudou na expressão da vampira Petrova. Seus pés se arrastaram para o meio do pentagrama, contra sua vontade. A dor explodia em cada nervo do seu corpo. Caiu novamente de joelhos, o suor escorrendo pelo rosto. 




- O que ele quer comigo agora? – grunhiu, deixando toda sua petulância e orgulho de lado. 




Um trovão rasgou a quietude da floresta e Katherine sentiu a adaga perfurar-lhe a pele. Ela ergueu o olhar para seu antebraço e viu a lâmina deslizar pela carne. Tentou mover os braços e quebrar o pescoço da bruxa, mas nenhum membro do seu corpo obedecia suas ordens. Seu sangue foi recolhido em um recipiente e despejado junto à mistura de ervas em uma bacia de madeira. 




- Phamatus Exphetum Trevoline Pettroveous Sanguinym Maleficium – recitaram as bruxas do círculo. Labaredas arderam, incendiando o sal do pentagrama e prendendo-os ao símbolo mágico flamejante. O interior da bacia pegou fogo queimando o sangue de Katherine junto das ervas. A doppelgänger sentiu seu sangue arder. Ela gritou e caiu no chão, sujando-se com a lama. - Phamatus Exphetum Trevoline Pettroveous Sanguinym Maleficium. Phamatus Exphetum Trevoline Pettroveous Sanguinym Maleficium...




- Não! – berrou Katherine, mas o feitiço estava feito. O sangue ferveu ao ser bombeado pelo seu coração, seus olhos se reviraram nas órbitas e ela sentiu o sangue escorrer por todos os orifícios faciais. Seu corpo deu um solavanco para trás, dobrando a coluna em um ângulo doloroso. Seu coração falhou e parou de bater.




- Está feito – as vozes de todas as bruxas se uniram como uma. Como se falassem por uma só pessoa. – A linhagem Petrova está de volta.